o tempo parado,
já passou o momento,
quando era o instante
da volta do mundo
que passa pelo lado de cá,
aqui dentro,
quando a mão
encontrava a si
no próprio movimento
e já não era deserto,
já não era preciso
conhecer o código,
ou desvelar o mundo
nos caminhos obtusos
entra a linha do instante gráfico
e o verso sentido
antes que dito.
e o verso da cara,
da pele,
da lente,
o outro lado
que insistia
sobrevivente
em saber o instante
quando a vida
não é um passado
a ser decifrado.
quando a serpente
e a medusa,
e a cor da romã,
e o sabor do ventre da manhã
devoram o desejo
já meio apagado,
já tão pouca chama,
já quase sem alma.
quando entre as arestas
vestígios de existência
que encobrem a cor
e a textura dos móveis
encontram a vida
em seu momento
tão pouco pêndulo,
tanto móbile,
para que na alameda perdida
entre o resto
e as migalhas
de quem um dia foi,
encontre no verso
do papel amassado,
rascunhado,
o outro lado
de ser quem é
sábado, 15 de setembro de 2018
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