Ando tão cansado
de ser eu mesmo.
Quero abandonar
em uma esquina,
em uma viela,
o peso do passado
que me aliena
de sentir a força
de quem sou.
Quero entalhar,
esculpir,
em substância cutânea,
a memória
e a genética
da essência
dessa potência
que ainda vive,
mesmo tanto caminho
vivido
como labirinto.
Essa telha trincada,
esse vidro partido,
não é barca furada,
é alternativa,
é a saída
no beco sem saída.
É uma vereda aberta
bem no meio
do coração
dessa trincheira
que me enlaça
os vultos meus. Fantasmas do meu próprio coração.
Sobre o chão,
as máscaras caídas.
O olhar agora
já pode tocar,
brotar
o infinito
que mora dentro:
- despido dos olhos pintados
e dos vestígios
que atraíam para o abismo.
É o mergulho
que convida
para o fundo
e o meio
dessa história.
Agora
que se elucida
para a nossa
trajetória
que o começo,
a meia volta,
o término
e o convite da alma
se encontram
nessa vontade,
desejo,
de seguir,
prosseguir,
ir,
fluir
o ímpeto maior
do carinho,
a intensidade
da carícia.
Ciclones.
E tudo que não se pode conter.
Tudo que não basta em si,
que clama
pela ultrapassagem
da inércia
nos movimentos
dessa viagem.
Dança
entre a necessidade
e a liberdade.
É o futuro
que nos abraça
nossa atmosfera onírica.
quinta-feira, 21 de março de 2019
Assinar:
Postar comentários (Atom)
dentro da caixa tem lápis de cor fora da caixa existem cores no céu na água do rio na onda do mar no arco-íris no brilho da íris de...
-
luzes acenam lá de dentro da escuridão que envolve o céu noturno. posso sentir o brilho de uma silenciosa e estrondosa ...
-
Ando tão cansado de ser eu mesmo. Quero abandonar em uma esquina, em uma viela, o peso do passado que me aliena de sentir a for...
-
Nos girassóis do tempo, Vou voltar para o movimento das águas, Renascer nas horas do céu, Me deixar nos lençóis do vento; Partir ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário