Cada pessoa uma viagem,
cada alegria ressoa
uma miragem.
Mirada,
pela lateral flutuante.
Mirante:
- olho que espia,
anuncia,
a lua viajante
e acende
nas artérias do dia
a esperança de encontrar
o carinho da noite.
Não sei se sonho,
se acordo para viver
o mundo que sonho,
se encontro
quem me sonha.
Se me acerto,
ou me desacerto,
quando me desarrumo
e redescubro
o brilho
que brotava
do outro lado
do olho.
Reviro
a dobra
que me abre
a borda
da mensagem
à beira
da estrada,
da entrada.
Ou quem poderá saber,
de saída
do lado de dentro
para o outro lado
da vida
sem anunciar
a partida.
Vá,
parte,
me reparte,
compartilha
sinais de vida.
Pela janela,
por essa janela,
abraço oceano,
atravesso o mundo.
Recolha,
acaricia,
o calor
dos meus passos
no azul infinito
que habita,
brilha,
no teu sorriso.
Ilumina a travessia
de quem não teme
sonhar acordado
pelas veredas balsâmicas,
enluaradas. Constelações de odores inebriantes
que acolhem o peito céu aberto,
que despertam asas,
desvelam chama e brilho
em cada migalha desperta
na brisa matutina
que assopra alma. A convida para embarcar
na pessoa próxima,
próxima viagem,
prospectiva margem.
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