quarta-feira, 22 de julho de 2020


luzes acenam
lá de dentro
da escuridão
que envolve
o céu noturno.

posso sentir
o brilho
de uma silenciosa
e estrondosa
constelação
pela transparência
da minha janela.

essa camada espessa
de vidro
me separa,
me fragmenta,
me despedaça.

meus olhos
estão lá
para fora
de mim:

- um brilho
alegre e selvagem
pudesse iluminar...

do lado
de dentro
da transparência
de alguma janela.

só reconheço,
agora,
um sonho.

um desejo
que permanece
vivo
e quente
e bem dentro
e profundo
em mim.

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