quinta-feira, 21 de março de 2019

Eu não sei o que fazer
com o azul do céu,
ou com o verde
que se estende
pela alameda,
 
ou com o sol
que brilha
e toca
o meu coração.
 
Eu não sei o que escrever,
qual a palavra
que se abre
para a luz amarela
que me acompanha
em cada passo
que traço
nesse caminho.
 
Eu não sei o que dizer,
ou qual é o ritmo
para o movimento das sombras,
contornadas
pela luz amarela,
que abrigam
a minha pele
pela travessia quente
e entardecida.
 
Eu ainda sinto
o carinho daquele vento
que assoprou cabelos,
pelos,
devaneios.
 
Cada hora dourada,
declinada,
derramada,
brilhante de sonho,
naquela noite
em que meu olho
despertava
como a lua se abria
na escuridão do céu.
 
Eram estrelas
pessoas
que brilhavam
quando a noite era neblina,
sombra e neblina.
 
Quando havia esperança
em encontrar
o outro lado
da cidade
quando o sol brilhasse
no coração
que atravessou a noite.
 
Era o céu
que eu podia sentir,
que podia me ver,
que eu podia tocar,
quando um sorriso doce
se abria em você.
 
Quando seus braços
me envolviam
naquele tenro carinho
que aquecia,
brilhava,
meu coração
para que eu pudesse
atravessar a hora
mais escura
e abraçar
a manhã
que florescia
o amanhã.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 dentro da caixa  tem lápis de cor fora da caixa  existem cores  no céu na água do rio  na onda do mar  no arco-íris  no brilho  da íris  de...