Hoje,
agora,
pelo menos nesse dia,
nessa hora curta e breve,
me deixa acreditar
que existe uma chama de amor
no meu coração,
no teu coração.
Que o amor reacende a esperança
há tanto tempo adormecida.
A mesma,
que brilha quente
mesmo na hora mais incerta.
Que o amor é esse fogo
que nos envolve,
nos alimenta
e nos leva para a frente,
para que a gente
possa conquistar,
outra vez,
o destino sonhado,
o destino construído,
o destino amado.
Que o amor é oceano,
universo das águas,
que nos abraça,
que nos acaricia,
que pede braços
e abraços
abertos.
Que abre a sua boca
de vulcão
para beijar
cada vértice,
cada ponta,
cada cor,
do coração
por inteiro.
Que o amor é brisa,
assopro,
canto sutil,
de passagem pelos lábios,
pela face branca,
castanha e rosada,
beijada
pela luz matutina.
Que o amor
é um verso
esculpido.
Um gesto,
um carinho,
um cuidado,
um silêncio,
um dedo,
dois.
Uma solidão
e um universo
vivido,
compartilhado.
Que no amor
cabe tanto,
as palavras traídas,
as palavras esquecidas
e a poesia
que não é dita
pela língua escrita,
pela língua grafada,
mas pela língua sentida
por essa beira,
por aquela curva,
no vale
e na planície,
da tua pele quente
que conhece
os segredos da noite
e os prazeres
de uma manhã cálida
de amor doce,
amor vivido.
Que o amor se vive
em dias
de lagoa e calmaria,
em noites desertas
de saudade,
em momentos de turbilhão
e tempestade.
Na pequena morte do gozo
e na sinceridade do pranto.
Que o amor é breve,
de passagem,
é tudo
e a eternidade
quando se vive junto,
quando se sonha junto,
quando a caminhada é conjunta.
Que o amor é mais
quando uma mão
encontra a outra,
quando o olho sabe
do brilho que existe
no alhar alheio.
Que o amor é o meio,
façamos dele
o ponto de partida,
o porto de chegada,
a substância da própria vida.
quinta-feira, 21 de março de 2019
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