Para
que tão pouco pé
se
o passo é
para
adiante?
Por
que a face
termina
na orelha
se
o sorriso é largo
e
não cabe nos lábios?
Se
o brilho nos olhos
é
tamanho imenso horizonte,
E
os olhinhos,
ainda
que pequeninos,
Espiam
por toda
e
qualquer fenda.
Os
dedos não cabem
na
mão,
A
mão alcança
o
que está
além
do corpo.
E
todo mundo envolvido
nessa
dança
De
ser criança,
De
ser além,
De
não estar aquém;
Porque
se existe
tanta
vida
que
cabe
naquela
vida,
não
dá
pra
deixar o leme
a
mercê
da
tempestade.
É
a mão
que
alcança
o
próximo ciclone,
a
próxima correnteza,
na
direção
de
uma revolução.
E
de tantas revoluções
se
faz um coração.
Um
dia
o
menino aprende
a
amar
amando.
A
ser alegre
semeando,
a
não temer
a
tristeza.
E
deixar cada ferida brotar.
E
depois amputá-la para fora.
E
plantar nova raiz.
Sentir
crescer nova vida.
Vida
nova,
pequenina
e
tão imensa,
engravida
a
nossa vida
de
sonho
e horizonte.
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