despreparado
para
quando
o
instante
em
que você
chora,
para
quando
você
se joga,
se
atira.
para
a sua vontade de viver.
desavisado
para
quando
posso
te tocar
com
a mão aberta.
para
o que sinto
quando
sinto
cada
pinta sua,
uma
marca aqui,
outra
ali,
lá,
com
cada ferida
minha.
a
tua partida
sem
aviso prévio,
a
tua rota
no
meio
da
minha trajetória
sem
acordo,
ou
combinado,
apenas
encontro,
mesmo
que não saiba
o
que fazer
com
a tua alegria
tão
parecida
com
a minha tristeza.
só
sei
que
não é lugar,
ou
canal,
para
a minha palavra,
qualquer
palavra,
quando
sinto
sem
saber
que
existe uma fissura,
um
vestígio,
um
desvio,
sem
cura
dentro
de você
e
em toda parte.
mas
queria saber
como
te dizer
que
mesmo na escuridão,
ou
quando te sonho
saida
do abismo,
ou
da boca
de
algum precipício,
sinto
a travessia
de
tua beleza.
e
agora
sem
aviso
sem
preparo
choro.
a
poesia transpira
em
cada poro,
em
cada pinta,
em
cada ferida,
em
cada dor
que
já não é
só
tua,
e
que não posso
chamar de minha.
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