encontrei
nas tuas costas
as mãos
que eram
minhas.
começava
no teu pescoço
a encosta
que germinava
na tua cintura
o desejo
que a gente
tinha.
estava
na tua pele
em minha
carne viva
o vermelho.
cor
e substância
que pulsava
e brotava
em tua face
e no bico
agudo
do teu
seio.
quis chamar
de paixão.
quis chamar
de amor.
e dizer
que era
nosso.
e saber
de onde
vinha.
você
só ia
e sorria
e parecia
que fugia
e me
envolvia.
a tarde
de manhã
a noite
em qualquer hora
da madrugada
eu te
encontrava
convidava.
ou era
o teu suor
e as tuas
palavras
que sabia
de cor.
cada cor
de cada
timbre
lábio
ênfase
e entonação.
ou era
o teu pelo
e o teu cheiro
e teus olhos.
eles,
diamantes.
brilhavam
espiavam
mesmo quando
a luz
se apagava.
ou era
a tua ausência
de respostas
a cada
afirmativa.
e depois
do término
de cada frase.
canto
ou verso.
sinal
ou acento.
emergiam
as perguntas
que você
me abria.
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