terça-feira, 16 de novembro de 2021

 encontrei 

nas tuas costas 

as mãos 

que eram 

minhas. 


começava 

no teu pescoço 

a encosta 

que germinava 

na tua cintura 

o desejo 

que a gente 

tinha. 


estava 

na tua pele

em minha 

carne viva

o vermelho.


cor 

e substância 

que pulsava 

e brotava 

em tua face 

e no bico 

agudo 

do teu 

seio. 


quis chamar 

de paixão. 


quis chamar 

de amor. 


e dizer 

que era 

nosso.

 

e saber 

de onde 

vinha. 


você 

só ia 

e sorria 

e parecia 

que fugia

e me 

envolvia. 


a tarde

de manhã

a noite

em qualquer hora 

da madrugada 

eu te 

encontrava

convidava. 


ou era 

o teu suor

e as tuas 

palavras 

que sabia 

de cor. 


cada cor 

de cada 

timbre 

lábio 

ênfase 

e entonação. 


ou era 

o teu pelo

e o teu cheiro 

e teus olhos. 


eles,

diamantes.


brilhavam 

espiavam 

mesmo quando 

a luz 

se apagava. 


ou era 

a tua ausência 

de respostas

a cada 

afirmativa. 


e depois 

do término 

de cada frase.


canto

ou verso.


sinal

ou acento. 


emergiam

as perguntas 

que você

me abria.


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