Se
a barreira do teu silêncio
Foi
rompida naquela manhã
Era
apenas a palavra que havia
Alcançado
a tua orelha.
A
flor muda que habitava teu coração
Esclarecia
que já não era o som da voz
Que
anunciava a existência
No
compasso da tua batida;
Foi
a mulher e não a musa
Que
encontrou na pele
A
verdade que estremecia a alma;
Foram
as mãos cicatrizadas e feridas
Que
encontraram os lábios aprendizes
Do
poeta infante;
Os
olhos envelhecidos
Pelo
vestígio de estrela
Que
contornava as pegadas abandonadas
No
rastro da tua partida;
O
poeta buscaria entre acentos e exclamações,
Uma
virgula que separasse o sonho
Da
realidade da tua ausência,
Um
ponto final que não fosse engolido
Pela
trajetória da memória,
Mas
a imagem não é apenas consciência,
E
foi você quem desbravou as vertigens,
Reconheceu
a lágrima caída,
A
alegria inusitada,
Nas
cores que indicavam um novo horizonte,
Outro
céu,
Nova
vida.
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