Esse
verso carrega meu dedo,
rasga
a solidão.
Guardo
na
transparência do segredo
de
cada silêncio
remorso;
tempo
sonhado,
não
vivido,
amor
guardado,
mal
cuidado,
no
papel amassado.
Chama
pretérita
da
pele ainda acesa
convida
a saudade
para
encontrar
um
lugar
na
mesa,
no
lugar da comida
que
não tá posta.
Acho
que é o tempo
e
a sua mania de lembrar
que
há vida alheia,
que
existe outro,
outra
paixão.
Para
além das paredes,
das
memórias,
das
fotografias,
do
lençol marcado,
das
estórias,
aquele
beijo ainda molhado,
sopro
do céu,
tempo
aberto,
chuva
caída,
coração
umedecido.
Agora
o silêncio
sem
segredo,
tempo
vivido,
sonho
aceso,
coração
entregue
sem medo.
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