terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Esse verso carrega meu dedo,
rasga a solidão.

Guardo
na transparência do segredo
de cada silêncio
remorso;

tempo sonhado,
não vivido,
amor guardado,
mal cuidado,
no papel amassado.

Chama pretérita
da pele ainda acesa
convida a saudade
para encontrar
um lugar
na mesa,

no lugar da comida
que não tá posta.

Acho que é o tempo
e a sua mania de lembrar
que há vida alheia,
que existe outro,
outra paixão.

Para além das paredes,
das memórias,
das fotografias,
do lençol marcado,
das estórias,
aquele beijo ainda molhado,

sopro do céu,
tempo aberto,
chuva caída,
coração umedecido.

Agora o silêncio
sem segredo,
tempo vivido,
sonho aceso,
coração entregue
sem medo. 

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