sábado, 17 de fevereiro de 2018

Escuto a sua pele,
A angústia caminha pela sua perna,
Os seus pulsos pedem paz
E uma borboleta grita em seu peito.

Uma melodia desenha a si própria
Na sua forma de andar,
Passo por passo você revira a vida,
Traça a si mesma nos retalhos
E renasce dos estilhaços.

Todas as palavras que naufragam no seu manto
São notas novas que expandem um canto,
Anunciam o nascimento de um outro dia
Que seja a superação de nossa agonia,
Angústia,
Dessa insônia.

E talvez um dia possam ver
A menina que não deixou ser sufocada,

E talvez ela possa ser nova forma de beleza.

Entre as garras de felina
O toque de uma mulher,
Entre os olhos de gavião
Uma lágrima sincera

Ela sonha,
Ama,
Continua
A enfrentar a fúria intempestiva,
A força da correnteza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 dentro da caixa  tem lápis de cor fora da caixa  existem cores  no céu na água do rio  na onda do mar  no arco-íris  no brilho  da íris  de...