queria
ler
na
página já tecida,
escrita,
em
um livro
com
cheio de livro novo,
o
movimento dos teus olhos
no
momento
quando
aconteceu a descoberta
da
tua existência,
e
quando o amor
parecia
possível,
e
quando a paixão
era
tudo
o
que tocava a alma
e,
também,
incontível.
acho
que caminhava
em
cima de algum lugar
que
alguém chamava
de
chão,
me
parecia
-
na planta da sola do pé –
que
o solo
já
não poderia conter
a
inconsistência
da
gravidade.
dessa
gravidade de saber
que
a gente também existe
para
fora da gente.
era
alegria que refletia
na
tua retina,
era
o coração
na
tua mão
que
segurava a minha.
e
agora procuro
na
névoa matutina
o
mesmo embaraço
de
tuas lágrimas perdidas.
será
o mesmo sorriso
naquele
filme reconhecido
que
habitava o compasso
da
nossa trajetória?
não
sei se é sonho,
ou
se é memória,
quando
sinto ainda
teu
corpo embalado,
embaraçado,
nos
meus braços.
é
o calor da noite que transpira
nesse
abraço,
pudesse
na
noite desse dia
alcançar
a lua
grávida
e
alucinada
de poesia.
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