De
noite,
a
calma;
dessa
vez,
talvez,
o
mundo não acaba.
o
mundo é muito grande
para
conhecer o fim.
a
qual fim
a
vida derramada sobre a mesa
atende?
até
parece que a alma finda,
até
parece,
mas
ela não termina,
se,
entre
as luzes
e
suas tonalidades
despertas,
acesas,
a
densidade do silencio acende
o
sangue inflamado
nos
punhos fechados;
nas
palmas abertas inflama a ira,
no
nervo contorcido,
talvez
seja o compasso da angústia.
Baile
de pérolas incendiárias,
músculos
distorcidos.
agarra
a garra
do
amor ainda sobrevivente,
o
amor brilha de sonho,
atravessado
pela noite,
que
flutua calma.
deixa
o silêncio pesar no sangue quente,
tecer
a sua melodia
para
que o grito
não
seja o elo,
entre
a voz
e
a garganta,
arrebentado;
seja amplitude,
amplificação,
da
paixão que esteve derramada,
contida,
calada,
que
contém o desejo
que
beija a borda.
invólucro
aberto,
todo
o ar contaminado.
Calma,
deixa
a vida passar,
sente
o tempo
que
não é dito
pela
hora anunciada.
conheça
o verso
que
a textura branca
no
papel semente
assoprou
para o desejo.
a
palavra que você conhece,
apenas,
a
saliva,
ou
a umidade grave
da
calmaria noturna.
Isso
foi quando
ela
me conteve o passo
e
disse:
-
calma,
eu
também,
às
vezes,
quero ser lagoa.
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