que me contam
não é minha.
a história
que me conta:
- quanto tempo falta
para me encontrar...
de volta...
o destino?
a história
que eu conto,
já perdi a conta
de tantas voltas dadas
para encontrar sentido.
a história que sinto,
que me atravessa,
mesmo sem saber
qual é o significado.
já não se conta
a história perdida,
apenas o conto
da história querida.
a história memória,
vivida,
já conheço a outra volta
dada
na curva daquela esquina.
a história agora.
rua deserta.
próxima hora.
não espera.
a história já não memória,
imagina.
a história não contada,
inventa,
viva.
agora
criança,
olhos novos
encontram
outros lados
da coisa vivida
agora
e todo dia:
- esperança escondida
na curva da retina.
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