conspirações,
presidentes
derrubados,
lógica
absurda
e
poderosa;
ira
irracional e cíclica,
movimentos
aspirais
da
riqueza.
invólucros
que ocultam
a
gênese da pobreza.
e
tudo isso
afeta
menos,
ou
tanto quanto,
o
frio que beira
a
curva do osso.
a
estação
que
é prelúdio.
o
calor, o sol e a luz
em
constante prorrogação.
e
é preciso acreditar
que
a primavera estava aqui,
quando
sua mão estava
a
um centímetro,
ou
menos do que isso,
de
agarrar a minha.
e
que foi possível sentir
alma
humana
na
alegria expressa
em
teus olhos.
porque
havia naquele instante
qualquer
coisa de incomunicável,
para
além dos limites
que
a visão permite perceber
e
dos significados
que
as palavras
buscam
emoldurar.
nas
palavras,
entre
elas,
que
pouco explicam,
muito
cortejam,
permeiam,
como
pedras impetuosas
que
buscam
desafiar
o destino
inevitável
da gravidade,
tento
a memória quente
que
houve contato humano,
tato,
tanto,
gente,
quando
suposta calmaria é destrinchada:
-
abre alas para enunciação da ilusão
que
é
outro
lado,
outra
cara,
outra
face,
da
verdade
que
a tristeza real
é
quando já não se percebe
a
realidade da tristeza.
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