O
teu olhar,
ave
de rapina,
mira
entre nuvens
o
azul incandescente
que
brota
na
pele alheia.
Pousa
teus dedos
nesta
camada da vida
pintada,
tingida,
de
cor de vinho
e
framboesa.
É
um jeito de dizer
que
é possível conhecer
as
cores
de
atmosfera onírica.
Deixa
eu mergulhar
no
instante do teu desejo,
na
liberdade tecida
pelo
teu coração
agora
que
a primavera
que
vem
te
aproxima
da
vida futura
em
prospectiva
na
vida agora.
Pinta
o cinza desbotado
na
minha cara cansada
de
todo dia
com
o ímpeto
da
cor potente,
anímica,
das
tuas palavras
de
carinho
e
da tua saliva.
Encontra
na curvatura
do
passo torto
o
convite que anuncia
que
nessa música
a
batida
e
o ritmo
vêm
de dentro,
vêm
da gente,
vêm
nascente:
-
semente de oceano
e
céu.
Gosto
de mel,
céu
da boca,
pluma,
pena,
pétala,
ponta
e
todo encanto
de
uma vida
pela
outra
no
horizonte
do
compasso
da
dança
do
tempo futuro,
do
tempo agora,
de
tanto sonho,
Nenhum comentário:
Postar um comentário