sábado, 15 de setembro de 2018

O teu olhar,
ave de rapina,
mira entre nuvens
o azul incandescente
que brota
na pele alheia.

Pousa teus dedos
nesta camada da vida
pintada,
tingida,
de cor de vinho
e framboesa.

É um jeito de dizer
que é possível conhecer
as cores
de atmosfera onírica.

Deixa eu mergulhar
no instante do teu desejo,
na liberdade tecida
pelo teu coração

agora
que a primavera
que vem
te aproxima
da vida futura
em prospectiva
na vida agora.

Pinta o cinza desbotado
na minha cara cansada
de todo dia
com o ímpeto
da cor potente,
anímica,
das tuas palavras
de carinho

e da tua saliva.

Encontra na curvatura
do passo torto
o convite que anuncia
que nessa música

a batida
e o ritmo
vêm de dentro,
vêm da gente,
vêm nascente:

- semente de oceano
e céu.

Gosto de mel,
céu da boca,

pluma,
pena,
pétala,
ponta

e todo encanto
de uma vida
pela outra

no horizonte
do compasso
da dança
do tempo futuro,

do tempo agora,
de tanto sonho,

tamanha esperança.

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