Eu
sinto muito se
eu me perder
em mim.
Por não saber
quando deixar
me perder
em você.
Se não era quando,
era onde,
ou tanto,
perdi a chave
que me abriria.
Ou será
que se perdeu
a luz que tocava
a casca
da tinta endurecida
marcada,
gravada,
na madeira da porta.
Se não é a perda
o sentido
para o que sinto
quando você se fecha,
se afasta,
não sei
como chamar
o vazio
que me arrasta
para a escuridão.
Tudo parece
tão pouco
quando lembro
daquele dia,
em que tão pouco,
ou quase nada,
parecia muito.
Tanto
para que eu
pudesse reconhecer
que me perder
em você
é me achar
em mim,
quando já sou
poeira
de alguma estrela. Vadio entre achados, esquecidos, descartados, atirados para fora das casas.
Uma minúscula parte
de alguma matéria
que alguma onda,
ou correnteza,
trouxe
para a entrada
da tua morada.
Para o miúdo
fragmento de segundo,
em que a tua vida
me encontra,
me decifra.
Quando você
se acha
perdida,
entregue.
Eu me entrego
à esfinge,
à fera,
você,
pessoa,
mulher,
que me devora.
domingo, 16 de junho de 2019
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