domingo, 16 de junho de 2019

O que me amplifica sentidos?
O que me abre ruídos?

Esse som 
entre o sim 
e o não. 

Esse tom...
...e o que vem depois 
da tempestade?

O que me leva 
mesmo quando 
a chuva gela? 

Esperança 
de encontrar 
na próxima estação, 
no eclipse, 
ou no ciclo lunar, 
uma alma
que alimente 
de chama 
e carinho 
a alma minha. 

Agora um trago, 
um abrigo ralo, 
uma dose, 
doce delírio, 
ciclones que alucinam. 

Breve naufrágio, 
pálpebra levantada 
na próxima onda. 

Água que me arrasta 
para a ilha deserta.  Deserto da possibilidade de abraçar calor  no chão firme e quente  desse abrigo. 

Me alivio 
em sentir o frio, 
antes que o sol desperte 
a necessidade de ser. 

Sei que sou, 
me jogo, 
me encontro 
no destino conhecido 
dos caminhos e desvarios 
da dor. 

Dói saber 
tantas cores vivas 
traídas, 
atraídas 
na brasa anoitecida, 

uma mão esquecida, 
um toque deixado,
ao relento. 

Nesse vão, 
nunca em vão, 
o intervalo 
entre a minha mão 
e a tua,
o doce beijo da lua. 

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