terça-feira, 16 de novembro de 2021

 curta

não breve.


quente

não efêmera.


metragem

se perde.


nostalgia fria

na próxima

margem.


não é miragem

na neblina. Trajetória só.


não é só

do pó

que vive

a saudade.


nas entranhas

da mecânica

da felicidade

a engrenagem.


das lágrimas vadias

cristais de dor

arrebentam a íris,


inundam pálpebras.


a quem consultar

para saber

o que se sente

quando

não se sabe

ou já 

se esqueceu

onde começou?


terá 

se perdido

à vista?


não são

meus olhos

são cenas.


está

no céu

e no céu

da boca

sabor melancolia.


doce alivia

amargo desperta.


noticia azeda 

a esperança.


trança!

trama!


de tão maduro

o fruto caiu

de podre.


poderes agora

somente 

na próxima 

cena.


não sabia

que em tão 

estrela

havia 

tanta beleza

e força.


isso

não se vê

todos os dias.


qual é

o problema

dos meus olhos?


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