Na plataforma não há mais pessoas,
Apenas um ruído de gente,
Uma multidão de estrelas adormecidas,
De sonhos repartidos e naufragados;
Cercada de eletricidade e metal,
A espécie humana nesse lugar
É como um manto que encobre o horizonte,
Mantém o véu da neblina;
O dia rompeu a noite,
Como naquela canção,
E a luminosidade nos impede de ver,
É preciso enxergar com as mãos
E elas estão frias;
Tateamos o nosso próprio abismo
E não conseguimos perceber,
Nossos corações buscam o ninho seguro do silêncio,
O mar de vozes é entorpecente,
Não existe a fala,
Não há palavra,
Apenas um fluxo breve interrompido
Por outro fluxo,
outro fluxo,
outro fluxo...
Para a pele só resta as amarras,
Antes o músculo preso e calado
Do que as feridas do eminente contato,
É preciso driblar a si próprio,
Perseguir a existência,
Não perder o último trem,
Abraçar o destino;
A viagem é impiedosa,
É preciso encontrar lugar,
Um vagão no meio da multidão,
Isto ou ser atropelado,
Assim sentimos o movimento da história,
Mas não reconhecemos o desenlace da nossa própria história.
sábado, 13 de maio de 2017
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