queria
que a vida revelasse
a
palavra inédita,
aquela
alimentada pela noite
da
janela aberta.
pelo
vão
o
movimento do vento
devora.
a
lua abre a sua boca,
queria
estar invadido
pela
sua língua,
amanhecido
na terra que me abraça,
que
me revela ser o estrangeiro
desse
lado da fronteira
no
silêncio que me entrega
ao
paradeiro.
acho,
que
só me acho
no
hemisfério que possa ser
um
silêncio grávido de chama viva,
memória
inusitada,
ainda
não tecida.
é
na mão alheia que abraço o coração,
é
no músculo vermelho que habita o peito estrangeiro
que
o sonho abre o olho
da
força adormecida,
para
que toda vida que esteve acorrentada,
aprisionada,
seja
agora a iminência
da
humanidade
que
transpira mundo
desatado
na
imensidão
da liberdade
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