Existe
o dia do nada,
dias
assim,
não
acontece...
...nada
além da expectativa.
esperar
cansa,
esperar
que
de
repente
tudo
aconteça.
a
gente reviras as coisas tudo,
de
repente dentro delas
não
cabe a gente.
talvez
dê
para
encontrar um jeito
da
gente se ajeitar,
se
aprumar,
tomar
rumo.
é
só o bolso virado
para
o lado de fora
da
calça amassada;
é
só o recipiente
de
alguma substância
qualquer
que
ficou sem tampa.
é
só o movimento insistente
das
reticências,
quando
se buscava firmeza,
consistência.
é
só gente jogada,
revirada,
jogando
a vida,
como
se faltasse
antecipar
a marcação
na
entrada da grande,
ou
pequena área.
como
se restasse,
apenas,
premeditar
o breque,
o
freio de mão,
naquela
palavra
que
falou pronunciar
a
última sílaba.
de
repente
a
gente lembrou
que
tinha esquecido
do
filtro
na
enunciação,
ou
no que precisava
ser
dito,
proferido.
talvez
seja
nesse
intervalo
entre
memória,
consciência
e
esquecimento
que
a gente procure
um
pouco mais
do
nada
de
nada.
que
a gente esqueça,
mas
ainda sinta
o
imenso prazer,
enorme
satisfação,
de
não ter um plano
para
que a gente aconteça
no
meio de tudo
que
acontece
nessa vida.
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