Já,
a
tristeza plantada,
lágrima,
onde
andará o pranto
que
a noite buscava beijar?
onde
andará a alma
que
busca ser,
escorrer,
pelo
branco e o preto,
dos
olhos?
será
que ainda distraída
entre
teus dedos,
nos
caminhos do teu medo?
talvez
perdida na margem do erro,
ou
do acerto não calculado,
na
tua pele trêmula,
na
gravidade da tua voz.
a
pele é o timbre da alma,
a
pele é a sujeira espalhada pela casa,
a
pele é o excesso do amor não vivido,
a
pele é a cartografia rascunhada
num
mapa com cara de janela;
a
pele que me entrega a alma
para
o teu coração,
que
aponta os limites da solidão,
que
indica vestígio,
rastro,
o
desconhecido
que
mora dentro
da
futura paixão.
a
pele agora rascunha uma lágrima,
quer
despejar a tristeza
para
a língua noturna,
na
boca da escuridão.
o
pranto e a solidão,
tudo
junto,
toda
a dor,
correndo,
sendo,
para
fora do peito.
para
dentro
o teu desejo.
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