sábado, 15 de setembro de 2018


pela fresta
da parede
branca e velha,

eis que a vida
inaugura
uma janela

quem é ela?

pergunta que me acorda
na noite acesa,
madrugada.

pergunta que me levanta
antes da manhã
inaugurar o dia
de todo dia.

que me antecede,
anseia,
segundo
por segundo,
o desejo
pela pele
dourada.

quem é ela?

castanha beleza,
que lança os olhos
cor de mel,

convida o sol
para brincar
com o coração,

mesmo quando a noite
transpira,
suspira,
os cantos da casa,
os cantos da solidão.

quem é ela?

minha mão perdida
pela fresta,
pela parede,
pela janela.

quero dizer
a ela
que quero
a poesia
castanha,
livre,
liberta,

como quem vive
o desejo
pela pele
dourada,

segundo
por segundo,

à noite,
de manhã,
de madrugada. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 dentro da caixa  tem lápis de cor fora da caixa  existem cores  no céu na água do rio  na onda do mar  no arco-íris  no brilho  da íris  de...