quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O fogo em breve brasa.
cor bonita que ilumina,
cor bonita que aquece.

Toca o preto
e o branco
dos olhos
lançados
ao longe.

Chamas crepitam gravetos
e o músculo do peito,
e os braços comovidos,
envolvidos,
no abraço
da noite quente.

Há força em cada mão.

Há possibilidade
sobrevivente
do toque
no gesto latente
em cada dedo
e na palma da mão.

Encontrar uma faísca,
uma fagulha,
uma esperança,
por tão miúda,
por tanta dor,
por tão acesa,
por tanta vida
que a gente seja.

Que a gente aprenda
que a chama bonita,
viva,
que aquece o peito,
o desejo dos olhos
de tocar horizonte,
o sonho que insiste,
resiste,

Vem de dentro,
vem da gente,
vem da nossa dança,
da nossa caminhada conjunta.

Do encontro
e do afeto
entre uma vida
e outra
e outra
e a tua
e a minha
e nossa...nessa ciranda. Trilha,
em que a gente sente

o gosto do vento
tenro e sereno
que nos atravessa
e nos leva

ao destino trançado
por miúdas fagulhas,
faíscas,
centelhas,
de esperança.

Mais vida,
tanta vida,
nova vida,
a ser tecida. 

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