Todos os nomes,
todos os números,
todos os encontros,
todas as músicas,
luzes e sons
que me lembram você,
que me lembram.
Todas as palavras,
timbres e imagens.
O mesmo sonho
que emergiu
do outro lado
do rio,
na beira daquela margem.
E aquela esquina
que me lembra você,
que me lembra.
Todas as máscaras
que quis deixar ao chão,
todas as fugas
trancadas na mala esquecida
no fundo de algum armário.
Para que na próxima curva
eu pudesse encontrar
outro lugar,
uma nova memória
para que essa história
não fosse tanto
um lance de dados,
uma carta na manga,
uma jogada de sorte.
Todos os encontros
para que pudesse reencontrar
em pelo menos um
passo dado
a beleza do acaso.
Todas as respostas
que não poderia ter,
todas as senhas
que não saberia,
que poderia esquecer,
diante do abraço
do inesperado.
e o sentido se abrir
para sentir
que
esse sonho não revela.
Não há setas
na próxima curva.
Viver para saber
que a minha vida
pode ser encontrada.
que existe uma vida
que pode ser sonhada.
que há possibilidade
de vida amada
entre o céu e a terra,
na beira do caos,
naquela paralela
de luminosidade latente
entre as estrelas.
Na cadência
da tua trajetória
a faísca
de uma nova memória.
quinta-feira, 21 de março de 2019
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