foi quando viajei
até você
que percebi
que precisava
daquele tempo
pra mim.
o sol que cai
e a brisa leve
ao fim da tarde,
e um pouco mais
dessa bebida amarga
antes que a noite
venha me visitar.
eu posso abraçar o frio
enquanto caminho
a procura
de uma cama,
um lençol,
uma coberta
e uma bebida
que me aqueça.
você está
tão longe
da onde
a minha mão
pode alcançar.
teus olhos ainda brilham
quando fecho os meus.
descanso as pálpebras,
a pupila
e a retina.
e não preciso de tanto
para recomeçar
a sonhar.
eu sei que você
não vai voltar,
não serão teus pés,
ou tuas mãos,
no desembarque
na próxima estação.
mas quando escrevo
o teu nome,
as palavras
que me dizia,
o jeito
que me olhava,
parece
que ainda posso sentir
a fumaça do teu cigarro,
o carinho do teu abraço
e o prazer
de estar ao seu lado.
me recordo
quando aquela porta
foi fechada,
ainda via
teu rosto pela janela,
o barulho do motor
e da partida,
e uma parte de mim
ainda vai,
ainda está,
ainda anda
com você.
e isso é
o que eu chamo
de passar
um tempo comigo
e de viver
a minha solidão.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
Assinar:
Postar comentários (Atom)
dentro da caixa tem lápis de cor fora da caixa existem cores no céu na água do rio na onda do mar no arco-íris no brilho da íris de...
-
luzes acenam lá de dentro da escuridão que envolve o céu noturno. posso sentir o brilho de uma silenciosa e estrondosa ...
-
Ando tão cansado de ser eu mesmo. Quero abandonar em uma esquina, em uma viela, o peso do passado que me aliena de sentir a for...
-
Nos girassóis do tempo, Vou voltar para o movimento das águas, Renascer nas horas do céu, Me deixar nos lençóis do vento; Partir ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário