existe uma dança
no
brilho
que
habita
esse
olhar.
existe
um gingado
nesse
instante
que
a gente chama
de
sonho.
dentro
e fora
do
ritmo,
nesse
e
em outros
tempos
o
corpo vibra
e
a alma
se
recorda
que
é vida.
e
eu me lembro
de
você
tão
menina.
gira,
baila,
roda,
debocha,
sorria.
e
eu
ainda
mais
menino.
o
corpo salta,
pula.
primeiro
os
braços,
depois
a
cintura
e
as pernas.
gotas
de suor
encontram
a
densidade
do
chão.
não
volta mais,
não,
não
volta mais.
cada
curva
em
tua
volumosa
carne.
cada
textura,
camada,
da
tua pele.
o
carinho gráfico
tecido
com
a tinta preta
no
branco
do
papel.
agora
nós
podemos
tocar
o céu.
não
volta mais,
não,
não
volta mais.
tantas
camadas
a
se revelar
e
tanta beleza
para
sonhar.
dói
imaginar
tanta
semente
que
poderia
ser
germinada.
tanta
pétala
ainda
não brotada
que
poderia conhecer
a
brisa da noite
e
o calor do dia.
não
volta mais,
não,
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