passageiro futurista,
passa
rápido,
veloz,
passa
rápido.
foi-se
o amigo,
ficou
o
tesouro escondido
que
precisávamos
desejar
procurar.
foi
um passo perdido
por
aquela rua
em
uma tarde
de
domingo.
ainda
sinto
o
cheiro
daquele
dia
como
folhas verdes
se
movimentarem
ao
sopro do vento
no
ritmo tardio
de
mais um dia.
e
lentamente,
nostalgicamente,
melancolicamente,
inevitavelmente
a
escuridão renasce
e
anuncia
que
mais uma vez
a
noite vai chegar.
e
sobre a noite
e
suas criaturas
nós
sabemos
que
há memória
e
que tudo
foi
um sonho.
ainda
sinto e sonho
o
gosto
da
tua asa ferida.
ainda
resta
a
pétala amassada
de
alguma flor,
que
desbotada
floresce
doces
espinhos.
doces
velhas cores
na
palma
da
minha mão.
abro
os dedos
para
estender
um
pouco
de
carinho
e
muito mais
de
força.
um
tanto mais
de
alma.
mais
da pessoa
que
existe dentro
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