Será
que é preciso
colocar
um
ponto final
no
silêncio obtuso?
Cacos
espalhados
na
entrada,
logo
abaixo
da
placa
que
acende vermelha:
-
saída.
A
porta ainda continua aberta.
Não
sei como chamar
aquele
último beijo.
Não
sei mais
como
te chamar.
Desejo
parece não ser
derradeiro,
desejo.
Tem
cara de destino.
Como
não...
Teu
rosto prenuncia
agora.
Na memória.
Não
tente me explicar
o
rumo tomado,
decidido,
nessa
história.
Moro
do
outro lado
da
hora,
que
o ponteiro
não
alcança.
Demora,
sempre
sempre,
sempre
demora.
Qual
é o nome
que
habita o infinto
entre
segundos,
entre
esse milésimo
e
o próximo?
Esplendor
não dura,
brilha,
fuxica,
revira,
faisca.
Atmosfera
silenciosa se parte,
neblina.
Abre-se
murmurante,
instante.
Ruído
fascina
cada
camada,
pétala
por pétala.
Sua
pele
se
arranha,
se
atrasa,
se
arrasa,
se
demora,
se
arrasta,
se
roga,
se
goza,
se
afasta,
se
lambe,
se
deita,
se
espreme,
se
esparrama,
se
boca,
se
dente,
se
lambuza,
se
derrama,
se
boca,
se
dente,
se
beija,
se
chupa,
silencia,
se
delicia,
na
minha.
Teu
gemido amplificado na boca da orelha,
na
boca, na orelha,
teu
gemido amplo,
ter
sido tão,
teu
gemido,
teu.
Tua
natureza me ronda,
tua
natureza me assombra,
tua
natureza me abre,
tua
natureza entrega,
tua
natureza ruminante devora.
Tem
cara de destino,
desejo
parece não ser
derradeiro,
desejo.
Declino
para
quando
eu
não sei mais
como
me chamar.
Eu
já não sei mais
como
me chamar.
Eu,
teu,
não
sei mais
como
me chamar.
Eu
não sei mais
como me chamar.